'Canibais de Garanhuns' vão a júri popular nesta sexta-feira

O júri, composto por sete jurados, acontecera no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na área central do Recife.
Trio será julgado pelas mortes de mais duas vítimas. No total, foram três assassinatos comprovados pela polícia / Foto: Cortesia / Polícia Civil
Trio será julgado pelas mortes de mais duas vítimas. No total, foram três assassinatos comprovados pela polícia
Foto: Cortesia / Polícia Civil

Os três acusados de assassinatos em série e canibalismo no município de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco, que ficaram conhecidos mundialmente, irão a júri popular novamente, nesta sexta-feira (23). Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva serão julgados pelas mortes de duas mulheres, em 2012. Desde a revelação do crime, eles ficaram conhecidos como os “Canibais de Garanhuns”.
Está é a segunda vez que o trio ocupa o banco dos réus num júri popular. No ano de 2014, eles foram condenados pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos - morta em Rio Doce, Olinda, Grande Recife, no ano de 2008. O assassinato da adolescente foi descoberto quatro anos depois e, segundo a polícia, teve os mesmos requintes de crueldade do duplo homicídio registrado no Agreste pernambucano.
Nesse julgamento, Jorge foi condenado a 23 anos de prisão. Já Isabel e Bruna receberam penas de 20 anos, cada uma. Todos continuam presos.
O júri, composto por sete jurados, acontece no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na área central do Recife. A expectativa é de que a sentença seja anunciada no mesmo dia. De acordo com a denúncia, as vítimas Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, e Giselly Helena da Silva, 31, foram atraídas para a casa dos acusados com a promessa de que iriam trabalhar como babás. Os crimes aconteceram em meses diferentes. Elas foram assassinadas, esquartejadas e partes das carnes das coxas, pernas, braços, nádegas e fígado foram retiradas e consumidas. Os restos mortais foram enterrados no quintal.


Com carne humana


Na decisão que levou o trio a júri popular, a juíza de Garanhuns, Pollyanna Maria Barbosa Cotrim, destacou que os acusados confessaram que “parte (da carne humana) foi utilizada na confecção de empadas e coxinhas que foram vendidas em diversas partes desta cidade, inclusive neste Fórum”. Jorge, Isabel e Bruna respondem por duplo homicídio triplamente qualificado -- motivo torpe, emprego de meio cruel e emboscada, ocultação e vilipêndio de cadáver.


Relembre o caso


A moradora de rua Jéssica Pereira, 17 anos, e sua filha de um ano foram viver em Rio Doce, em Olinda, com Jorge, Isabel e Bruna. Eles planejaram a morte da vítima, esquarrejaram o corpo e chegaram a se alimentar das carnes de Jéssica.
Em Garanhuns eles mataram Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, respectivamente, em fevereiro e março de 2012. O trio criou uma seita chamada de O Cartel, que visa a purificação do mundo e o controle populacional.
A ingestão da carne humana, segundo Jorge Beltrão, faria parte do processo de purificação da alma das vítimas. Os crimes foram descobertos depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o seu desaparecimento.
Jorge pegou a maior pena: 23 anos de reclusão. Isabel e Bruna pegaram 20 anos de prisão cada uma. Antes do primeiro julgamento, os acusados passaram por exames de sanidade mental. Os laudos apontaram que todos tinham consciência dos crimes e não apresentavam nenhum distúrbio psiquiátrico.




JC Online

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