Médico vai a julgamento suspeito de estupros dentro de UPA

A primeira audiência de instrução de julgamento do médico ortopedista Kid Nélio, suspeito de estuprar pacientes de uma clínica particular e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, aconteceu nesta quinta-feira (5), na 17ª Vara Criminal do Recife do Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano.
A audiência começou às 11h. Testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas, o processo corre em segredo de justiça. Kid Nélio de Souza Melo está preso no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) desde o dia 2 de março, ele teria abusado de, pelo menos, 10 vítimas.

O caso

Uma jovem de 18 anos denunciou ter sido estuprada durante um atendimento médico, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife, na manhã da quarta-feira (21/03).
O delegado da Polícia Civil, Jorge Ferreira, informou que a denúncia foi realizada por volta das 21h. Ele contou que, segundo o relato da jovem, ela teria sentido dores nos braços e na coluna, na noite da terça-feira (20/03). Na manhã do dia seguinte, a menina foi à unidade de saúde, onde o crime teria acontecido.
Ele disse ainda que a jovem teria ido à UPA por volta das 9h dessa quarta, e que durante o atendimento inicial não teve problemas. No entanto, depois de fazer exames solicitados pelo médico, quando voltou a ser atendida por ele, o homem teria fechado a porta da sala.

O delegado contou que, como a porta não possuía trinco, o homem obrigou a jovem a segurar, enquanto ele cometia o estupro. A menina relatou ainda que, assustada, rasgou a pulseira de atendimento e correu para casa, depois que o médico terminou de cometer o abuso.

Conjunção carnal

Ao entrar na sala de atendimento, segundo a jovem, o médico teria passado a mão no corpo da paciente e pedido para que ela realizasse movimentos, como permanecer agachada com as mãos no chão. Após ser questionado pela paciente que havia estranhado o atendimento, o médico teria dito que os movimentos seriam um procedimento padrão daquele tipo de atendimento.
Ainda dentro da sala, segundo a denúncia, o médico teria abaixado o short da paciente e pedido para ela segurar a porta, que estava sem o trinco. Aí, realizou a penetração. Ainda conforme relato feito durante a denúncia, o homem ejaculou nas nádegas da mulher. Após o crime, o médico teria limpado a paciente e ainda prescreveu medicamentos para a jovem.
Após sair da UPA, a mulher relatou o que teria acontecido à mãe, que a aconselhou a procurar a polícia e realizar a denúncia. A jovem foi até a delegacia na noite de quinta-feira e realizou exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML).
Após receber a denúncia, os policiais telefonaram para a UPA e constataram que o médico não estaria mais na unidade de saúde, o que impediu o registro do flagrante do crime. A mulher também não soube informar o nome do médico que teria cometido o estupro, mas apresentou a ficha de atendimento e o exame de Raio-X, o que confirma o atendimento dentro na unidade na manhã do dia em que o crime teria acontecido.


TV Jornal

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